Plutão é o deus romano que reina o submundo e o terreno, também chamado de Jove (Zeus) Ctônico, ou Jove da Terra. O nome Plutão veio de uma alteração do nome grego Plouton, que significa o doador de riqueza. É dito que Hades passou a ser chamado de Plouton porque os gregos temiam falar em seu nome, que significa “invisível”. Em textos romanos, é evitada a palavra Plutão para o deus, sendo muitas vezes usada a palavra Ele, ou Dis (Rico).
Plutão é negro, assim como seus cavalos, e os sacrifícios oferecidos em seu nome eram negros. O reino de Plutão é um pasto onde o céu sempre está escuro, o que é associado à sua riqueza, principalmente na Agricultura. O reino de Plutão também é chamado de Hades, mas diferente do Hades helênico, aonde a entrada é pelo rio Estige, a entrada do Hades romano é pela cratera vulcânica do Averno, localizada na Itália.
Plutão carrega uma cornucópia, um chifre com comida ilimitada, para representar sua abundância. Acreditava-se que Plutão era responsável pela agricultura pois os alimentos vêm debaixo da terra. O mistério da imortalidade é guardado com Plutão e ele carrega a chave para o Hades, de onde ninguém nunca voltará.
A representação de Plutão mais famosa no mundo moderno é o Rapto de Proserpina, aonde Plutão abduz a deusa, filha de Deméter, para torná-la sua esposa. Plutão também abduz uma de suas ninfas, o que torna o estupro um tema recorrente no seu conto.
O processo de entrada no Hades é um processo de desnudação, Deméter tirou a fita que vestia em torno da cabeça e vestiu um manto escuro. Plutão é chamado de o “integrador último”, pois junta todas as peças do eu que tinham se dispersado e as junta na forma da morte, a desnudação final da identidade e do status.
Chamado de “vida abundante” por Rudhyar, Plutão é aquele que recebe muitas visitas, a devoradora morte, que nos recebe no escuro, silenciosos, paralisados.
Referências:
Revista SPICA, vol. II nº 1