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Ossos revelam que neandertais estavam propensos à Orelha de Surfista, mas ninguém sabe o porquê

  • heptagrama
  • Nov 5, 2019
  • 3 min read

de Michelle Starr


Algo estranho pode acontecer com as orelhas das pessoas que ficam muito tempo no abraço gelado do Oceano. Pequenos pedaços de osso começam a crescer nos canais auditivos, realizados pela irritação que as temperaturas frias causam no ouvido interno. É uma condição muito vista em surfistas, então é conhecida como orelha de surfista. (também vista em mergulhadores e navegadores de caiaque.)


De acordo com os ossos arcaicos, nossos ancestrais humanos e relativos, incluindo os humanos modernos e os neandertais, também estavam propensos a esta deformação. Mas, mesmo que estes crescimentos, chamados exostoses, tenham sido relatados, não há muita pesquisa conduzida sobre sua prevalência, e como podem ter sido adquiridos.


De acordo com nova pesquisa, neandertais parecem ter muito mais propensão a orelha de surfista que qualquer outro grupo ancião. E já que não encontramos muitas pranchas de surfe antigas por aí, eles provavelmente não a adquiriram surfando.


O que significa que eles estavam provavelmente fazendo outra coisa na água fria. Uma possibilidade pode ser a de coletar recursos aquáticos, talvez até pesca. Até recentemente, tais tarefas eram pensadas estarem além das capacidades de um neandertal, baseado nos níveis de coordenação e inteligência presumidos sobre eles.


"Reinforça um número de argumentos e fontes de dados que argumentam por um nível de adaptabilidade e flexibilidade e capacidade entre os neandertais, que teriam sido negados por alguns especialistas" disse o paleoantropologista Erik Trinkaus da Universidade de Washington em São Luís.


No novo papel/artigo, Trinkaus e seus colegas, Sebastien Villotte e Mathilde Samsel da Universidade de Bordeaux, tem examinado e analisado as caveiras de 77 hominídeos com canais auditivos bem preservados.


Destas caveiras, 23 pertenciam a neandertais, datando entre 100000 e 40000 anos atrás, por volta de metade destas caveiras neandertais tinham exostose do canal auditivo exterior, indo de média a severa.


Esta é quase duas vezes a frequência de qualquer outro grupo do estudo.


Mas existem alguns problemas com a hipótese da pesca. Primeiramente, a geografia das localidades em que as caveiras foram encontradas não estão relacionadas com corpos de água, nem com climas frios. Segundo, a análise isotópica dos restos de Neandertais, incluindo duas das caveiras com exostose, mostrou que eles não estavam comendo peixes de água fresca.


E a prevalẽncia neandertal de exostose no canal auditivo externo também estava nos limites superiores da prevalência em que vemos nos humanos de hoje, entre as pessoas que repetidamente e por longos períodos de tempo expõe seus ouvidos a água fria.


Então, outra possibilidade é a de que neandertais tenham uma predisposição genética para crescimentos de osso em seus ouvidos.


Ainda estamos incertos se há um componente genético na condição, mesmo que um estudo de 1998 sugira o contrário. Pesquisadores examinaram mais de 1000 caveiras do Chile, de 7000 antes da era comum até 1500 na era comum e descobriram que mais de 30% das caveiras da costa tinham exostose no canal auditivo exterior, mas caveiras das altitudes planálticas não foram afetadas.


Então, a razão mais provável para esta condição em neandertais, dizem os pesquisadores, é para coleta ou nado. E também poderiam haver outros fatores ainda por serem determinados.


"Permanece provável que o alto nível de exostose no canal auditivo exterior em neandertais ocorre pela exploração de recursos aquáticos." escreveram em seu artigo.


"No entanto, a frequência neandertal está nos limites superiores dos valores de populações humanas atuais e equivalente apenas àqueles que experienciam contato com águas geladas de climas marítimos. É portanto provável que, como com os humanos arcaicos orientais da Eurásia, múltiplos fatores foram envolvidos na sua abundância de exostose no canal auditivo exterior."





 
 
 

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